- Ciência
Todo mundo já teve uma calça de pijama favorita, dessas que, de tanto ser usada, ficou com o elástico da cintura solto, mostrando que a roupa está pedindo uma “aposentadoria”. O tempo levado para que ocorra essa perda de elasticidade depende de uma série de fatores: a qualidade do material, os cuidados que você teve ao usar, lavar e secar, bem como as condições físicas às quais ela ficou exposta, como luz solar, umidade ou temperatura.
Agora pense na sua pele. Quando somos jovens, podemos fazer a careta mais maluca que quisermos. Nossa face vai se deformar na hora que manifestamos essas expressões e, depois que paramos, voltará ao estado anterior, praticamente sem deixar vestígios.
Só que, com o passar dos anos, a capacidade elástica da pele também sofre perdas e as marcas do que seu rosto expressou ao longo da vida se tornam visíveis, mesmo quando você está imóvel. São aquelas linhas ao redor dos olhos, nos cantos dos lábios, no meio da fronte, que se multiplicam e se aprofundam a cada ano.
Crianças e jovens costumam ter a face lisa, firme, luminosa. A pele deles, assim como todo o corpo, está em pleno vigor - eles podem fazer os movimentos faciais e corporais mais variados e, no momento em que caírem exaustos na cama e adormecerem, vão parecer com uns anjinhos. E podem até acordar um pouco “amassados” no dia seguinte - entretanto, depois do café da manhã, lá estão eles, radiantes novamente! Já os adultos…
Eu não sei quanto a você, mas eu não gosto muito de olhar no espelho ao acordar. Levo um bom tempo para me “desamarrotar” e só me sinto mais rejuvenescida de verdade depois de tomar um bom banho. O mais difícil é que, diferentemente da calça de pijama com o elástico gasto, não podemos aposentar a pele da nossa face. Ela é a única que temos, está exposta aos efeitos do que vivemos, sobretudo aos raios solares, e nos acompanhará durante toda nossa existência.
O que podemos fazer - para que ela não perca ou para que recupere parte de sua elasticidade - é cuidar muito bem dela. E é aqui que entram em cena uma proteína básica e um tratamento poderoso: o Colágeno e sua Bioestimulação.
Segure firme!
O corpo humano é permeado por uma rede de estruturas denominadas de tecidos conjuntivos. Já falamos sobre eles em um artigo aqui no Life is Inside, revelando como são essenciais para a sustentação, a ligação e o armazenamento de elementos corporais. Se você forma um todo, fisicamente falando, e é capaz de se movimentar e ficar em diferentes posições, é porque eles constituem os elos entre outros tipos de tecidos e conferem a flexibilidade necessária ao movimento.
A principal proteína dos tecidos conjuntivos é justamente o colágeno e ele chega a constituir de 30 a 40% das proteínas do seu corpo. Em relação à pele, sabemos que ele e outros componentes localizados fora das células, como o ácido hialurônico, são responsáveis por dar à derme, camada existente entre a epiderme e o tecido subcutâneo, sua resistência e flexibilidade, protegendo elementos sensíveis situados em regiões mais profundas da estrutura corporal.
Resumindo: o colágeno é vital para segurar a pele do seu rosto no lugar em que ela deve ficar, mesmo após a realização de movimentos faciais ou o recebimento de impactos fisiológicos.
Enquanto você é jovem, até uns 20 ou 25 anos, seu corpo costuma dar conta da produção dessa proteína “ponta firme”, garantindo a manutenção de uma pele resiliente e vigorosa. Mas quando você entra nos tais “intes, intas e entas” (vinte, trinta, quarenta, cinquenta, etc), a fábrica interna de colágeno reduz gradualmente sua produtividade e o efeito “elástico de pijama velho” fica mais e mais visível. Essa produção é cerca de 1% menor a cada ano.
De fato, ao comparar a pele de pessoas jovens com a pele de pessoas mais velhas, os pesquisadores perceberam que os feixes de fibras de colágeno eram mais espessos na derme do primeiro grupo, bem como havia menos espaços abertos dentro e entre esses feixes, em relação ao que foi observado no segundo grupo.
No entanto, hoje se sabe que essa não é uma condição irreversível e que podemos não só reduzir a velocidade do declínio da nossa produção de colágeno como recuperar nossa capacidade produtiva e, assim, rejuvenescer em grande parte a pele envelhecida.
É inegável que um estilo de vida saudável, que inclua uma alimentação adequada, um sono reparador e a prática regular de exercícios físicos, entre outros fatores bem conhecidos por quem busca ter boa saúde, tem grande influência no ritmo em que todo seu organismo envelhece. A pele do seu rosto pode, sim, ficar mais flácida e marcada por linhas de expressão, se você não estiver bem nutrido, se fumar, se abusar do álcool, se não dormir o suficiente, se levar uma vida sedentária, se ficar exposto ao sol e à poluição ou se tomar certos remédios.
Então, não adianta descuidar do seu estado físico, mental e emocional e acreditar que um elixir mágico vai garantir que você tenha uma pele firme e elástica. É essa ilusão que mantém um mercado que deve atingir um valor superior a 6 bilhões de dólares até 2025, ao fabricar e comercializar cremes e suplementos de colágeno dos mais diversos tipos.
Mirar no alvo certo
Muitas pessoas buscam a solução para sua deficiência de colágeno em tratamentos que não miram no verdadeiro alvo. Elas esquecem que, quando falamos em nutrientes, existe um verbo essencial: o verbo absorver.
Embora a suplementação de colágeno seja algo importante e contribua para a melhoria das condições de saúde, inclusive da pele, há limites muito definidos para a quantidade que seu organismo consegue incorporar, seja quando ingere alimentos ricos nessa proteína ou quando faz uso de compostos em que ele esteja concentrado. Além disso, é necessário ter a presença de outros nutrientes, como a vitamina C, para que ele possa ser absorvido. Não é à toa que tantas pessoas se queixam que seu tratamento não está funcionando.
Outro problema é a qualidade do produto ingerido. A maior parte dos produtos existentes no mercado é produzida a partir de fontes animais e já foram encontrados pesticidas, antibióticos e medicamentos em muitos pós de colágeno feitos de ossos. Mesmo produtos à base de vegetais ou que são produzidos sinteticamente podem não ter o efeito esperado, já que não recuperam o poder de seu organismo de produzir por si próprio essa proteína vital. Então, que tal experimentar um tratamento que realmente aumenta a produção da sua fabriquinha interna?
A Bioestimulação de Colágeno consiste na aplicação de injeções de substâncias biocompatíveis e biorreabsorvíveis, como o ácido polilático e a hidroxiapatita de cálcio, em camadas superficiais da pele. A aplicação não visa tanto preencher os espaços flácidos, como no caso de outros tratamentos faciais de rejuvenescimento, mas estimular a produção local de mais fibras de colágeno, o que promove a reposição do volume que se perdeu com o passar do tempo e confere uma pele mais firme e vitalizada.
O procedimento é relativamente simples, feito em consultório, sob anestesia local e costuma envolver de duas a quatro sessões, com intervalos de cerca de um mês entre elas.
Os efeitos - aspecto mais elástico, suavização de rugas e linhas de expressão, redução de flacidez - já foram comprovados por muitos estudos científicos, inclusive em uma meta-análise que abordou 18 pesquisas diferentes, concluindo que todas apresentaram resultados positivos. Eles costumam ser percebidos depois do segundo mês e têm durabilidade superior aos efeitos de muitos outros tratamentos dermatológicos, já que, na maioria dos casos, permanecem por um período entre 18 e 24 meses.
Tratar a raiz dos problemas sempre foi muito mais eficaz do que disparar contra falsos alvos. Se os tecidos que formam sua pele estão sentindo o peso da idade e reduzindo seu ritmo de produção, algo que é agravado pelo excesso de produtos tóxicos e pelo estresse aos quais estamos expostos hoje, é hora de dar novas energias a eles!
A Bioestimulação de Colágeno mira - e acerta - no que já sabemos ser o verdadeiro alvo. Ela pode, literalmente, esticar o tempo de juventude da sua pele, harmonizando seus sentimentos ao se olhar no espelho, mesmo depois de uma noite de sono em que você e seu velho pijama favorito foram, aconchegantemente, amarrotados entre os cobertores e o colchão.
Awake. Life is inside.