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Biohacking: um caminho futurista para ser a melhor versão de si mesmo já

Biohacking: um caminho futurista para ser a melhor versão de si mesmo já
  • Ciência

Com a criação do mundo virtual, hackear é uma expressão que entrou definitivamente no nosso vocabulário. Hackers são vistos como pessoas com super habilidades por lidar com o turbilhão de códigos dos programas da computação. Eles mergulham em locais da internet que nós nem imaginamos que existem, mapeiam e desvendam seus mecanismos ocultos para copiá-los, interferir neles e até modificá-los. Tarefa que pouca gente tem condições de realizar.

Mas você sabia que há um tipo de hackeamento a que todos nós podemos ter acesso? É só acrescentar três letrinhas a mais nessa palavra polêmica - B, I, O - e, com isso, eu e você teremos a oportunidade de experimentar a sensação de ser um hacker. Neste caso, um biohacker.


Casamento entre a tecnologia e a biologia
 


O termo biohacking surgiu na virada dos anos 2000 e, embora existam muitas variações sobre sua prática, a ideia básica é investigar nossa própria natureza, descobrir como ela atua e potencializá-la - o que pode ser direcionado para gerar saúde e vitalidade para os seres humanos ou, quem sabe, para ajudar a criar super humanos!

Normalmente, nós já costumamos mapear muitos aspectos do nosso funcionamento, seja com um simples diário alimentar, seja com exames médicos. Só que o biohacking pode ampliar esse processo exponencialmente e nos ajudar a desvendar nossos mecanismos biológicos menos perceptíveis, possibilitando a descoberta de estratégias para transformá-los em suas melhores versões e nos proporcionar mais potência vital e longevidade.

E longevidade é mesmo uma das metas que muitos biohackers vêm perseguindo. Há quem diga que está se preparando para viver até os 180 anos! Isso é bem mais do que o limite que vem sendo estimado para nossa espécie, que fica entre 120 e 150 anos. Seria um novo passo na evolução biológica e geraria uma verdadeira revolução no modo como a sociedade funciona hoje. Mas, o fato é que, independentemente desse aumento avassalador do número de anos a serem vividos, podemos, sim, viver melhor, desenvolver ao máximo nossos talentos e experimentar integralmente o que a existência humana pode oferecer. 

Mas quais são os principais passos e as ferramentas que o biohacking propõe para atingir esses objetivos? 

Nutrição e atividade física hightech

É frequente no biohacking a adoção do que é chamado de dieta cetogênica, uma forma de se alimentar que tem efeito neuroprotetor e é baseada em uma alta quantidade de gorduras e pouquíssimos carboidratos. Aqui, o hackeamento do metabolismo permite monitorar os níveis de nutrientes e criar cardápios direcionados para que eles estejam presentes em quantidades ideais - o que pode ser conseguido com uma dose reforçada de suplementos alimentares, através da via oral, endovenosa ou intramuscular, dependendo da necessidade de cada pessoa.

Outra prática nutricional muito usada é conhecida como jejum intermitente e consiste em suspender a ingestão de alimentos por períodos de 12 ou 18 horas. A ideia é que, livre do trabalho de digerir, o organismo vai se desintoxicar e entrar em um estado de alerta, secretando um hormônio chamado grelina, que ativa o corpo e evita o desgaste que a mente sofre com o tempo, deixando a pessoa mais focada e produtiva, atingindo sua otimização física e mental.

Em relação aos exercícios, a ordem é mexer o corpo, estimulando os músculos e dinamizando o metabolismo para conquistar um condicionamento físico o mais próximo possível do ideal. Além de evitar ao máximo o uso de elevadores, controles remotos e tudo o que inibe nossos movimentos, há a adoção de treinos de alta intensidade e de alta carga, que teriam impacto na redução da mortalidade

Mas, para um corpo e uma mente ágeis e equilibrados, há outros passos que o biohacking propõe: noites de sono de alta qualidade em um ambiente totalmente escuro e silencioso; respiração consciente e meditação como práticas diárias; planejamento e organização com uso intenso de dispositivos e aplicativos, mantendo o foco na conquista das metas estabelecidas; vivências com os familiares e amigos, estabelecendo uma vida com propósito para que o ambiente externo e o ambiente interno se harmonizem.

Surpreendendo Darwin

E, se você quiser mergulhar ainda mais na busca pela superação das limitações, é possível aprofundar o hackeamento da sua natureza e turbiná-la com a orientação certa e opções cada vez mais diversificadas que a tecnologia oferece. Exames de última geração com o acompanhamento de especialistas já estão na área! 

Um deles é o Painel 4P Genômica, um mapeamento do DNA que analisa nutrigenética, aptidão física, doenças cardiovasculares e saúde da pele. Ainda no mesmo setor, há o Sequenciamento Genético de Microbioma, capaz de revelar e ajudar a prevenir doenças originadas pela disbiose, que é o desequilíbrio em nossa microbiota. Entrando no campo da nutrição, há o Teste Nutrimetabolômico, que identifica precocemente desequilíbrios metabólicos e nutricionais antes que se manifestem como doenças, e o Teste de Sensibilidade Alimentar, próprio para detectar alergias alimentares IgG (tipo III) em relação a até 270 alimentos. Através desse arsenal científico, a equipe médica da Awake pode reprogramar seu estilo de vida para que você vire uma versão sua muito mais poderosa do que a atual.

E há, ainda, a possibilidade de radicalizar e romper mais profundamente as fronteiras entre o humano e a máquina. Algumas pessoas passaram a implantar chips em seus corpos, apontando para a perspectiva de criarmos uma pós-humanidade, em que o biológico e o tecnológico vão se fundir para dar origem a novas possibilidades de existência. 

Polêmicas à parte, o fato é que já existem, sim, muitos recursos para que cada um de nós possa prolongar a própria vida e vivenciá-la em sua máxima potência. Na constante busca pela nossa melhor versão, o Biohacking é o caminho do futuro que já chegou ao presente. 

Mas será que, se decidirmos trilhá-lo, conseguiremos imaginar até onde essa jornada de hackeamento pode nos levar? 

Talvez nem mesmo Darwin, se estivesse vivo, fosse capaz de responder!


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