- Ciência
Presentes na arquitetura de muitas civilizações antigas, as pirâmides sempre foram símbolos de alto valor para a cultura humana. Hoje, a única obra que consta na lista das sete maravilhas do mundo e continua existindo é justamente uma pirâmide: a de Queóps, no Egito.
Durante milênios, as formas geométricas triangulares que compõem essa estrutura vêm exercendo influência sobre diferentes setores de nossas sociedades. De ícones religiosos a possíveis sinais da presença de extraterrestres, elas adquiriram uma aura de mistério que até hoje não foi totalmente dissipada.
Mas será que, além de intrigar gerações e gerações de seres humanos com suas possíveis associações místicas, as pirâmides têm algum tipo de poder que já foi comprovado pela ciência?
Os primeiros cientistas que se interessaram pelo estudo dessas estruturas geométricas foram os arqueólogos. Pirâmides imensas podem ser encontradas em muitos locais em que os povos da antiguidade construíram suas sociedades. A repetição dessa forma em tantas culturas - e o tamanho monumental de muitas de suas construções - sempre impressionaram (e seguem impressionando) pessoas do mundo todo. Por que será que tantos povos do passado estiveram dispostos a fazer um esforço tão grande para erguer obras gigantescas com esse formato tão particular?
No rastro dos faraós
Uma das tentativas de responder a essa pergunta foi feita por Antoine Bovis, um radiestesista francês. Ainda em 1930, pesquisando a parte interna da grande pirâmide egípcia de Quéops, ele encontrou corpos mumificados de gatos e passou a estudar o que teria ocorrido para os animais sofrerem esse processo de conservação, já que estava claro, na ocasião, que não era algo que havia sido feito intencionalmente por seres humanos, mas, sim, um efeito espontâneo daquele ambiente tão incomum.
Para entender o que estava por trás desse enigma e sair da esfera do esoterismo para entrar na esfera científica, ele construiu uma série de pequenas réplicas daquela pirâmide. Constatou, surpreso, que elas eram capazes de provocar efeitos de mumificação semelhantes aos da pirâmide original. Ou seja, a matéria biológica que ficasse resguardada no interior das réplicas não se degradava, como ocorre em outros ambientes, e conservava-se em um estado mais seco, perdendo água.
A descoberta de uma propriedade tão inesperada estimulou a realização de um conjunto de experiências envolvendo pirâmides ao redor do mundo e chamou a atenção de outros pesquisadores. O efeito, ainda não bem compreendido, seria causado pela capacidade que essa forma construtiva possui de conduzir a energia em seu interior e foi usado por um engenheiro da Tchecoslováquia chamado Karel Drbal para criar e patentear um afiador de lâminas de barbear.
A invenção, que era constituída por uma simples pirâmide, foi registrada na década de 50, após muitos anos de análise da comissão científica responsável por conceder as patentes, já que o tema era tão inusitado. O dispositivo possuía uma capacidade incomum de aumentar a durabilidade das lâminas, fazendo com que elas voltassem a ser bem afiadas por dezenas de vezes. A patente foi comprada por um industrial nos Estados Unidos e o produto foi amplamente comercializado, dando origem a novas ondas de experiências.
Mas, se nas décadas de 30, 40 e 50, os mecanismos responsáveis pelas propriedades encontradas nas pesquisas sobre as pirâmides ainda não eram bem conhecidos, em 2018 o cenário começou a mudar. Foi uma nova imersão nas antigas pirâmides do Egito que trouxe elementos inéditos para que a comunidade científica seguisse esclarecendo para nós porque essas estruturas são tão poderosas.
Uma equipe de cientistas alemães e russos, especializados em setores complexos da física, investigou a distribuição de campos eletromagnéticos dentro de pirâmide. A partir de uma série de experiências, que envolveram um complicado cálculo matemático, eles mostraram que as câmaras internas destas pirâmides eram capazes de coletar e concentrar energia eletromagnética.
E o mais incrível é que os novos conhecimentos que trouxeram, publicados em revistas científicas ao redor do mundo, não devem servir apenas para ajudar a explicar os efeitos que essas estruturas geométricas já vinham demonstrando até agora. A equipe vai além e propõe a utilização dessas propriedades para a produção de nanopartículas em formato de pirâmide, reproduzindo o efeito de concentração das ondas eletromagnéticas no nível diminuto das moléculas, com o objetivo de desenvolver sensores e células solares que tenham mais eficiência do que os que já existem. É o formato tão inspirador das pirâmides que vem nos oferecer um caminho para a geração de energia limpa, produzida a partir da luz do sol.
Se você imagina que, entre a invenção do engenheiro Karel Drbal e as descobertas feitas pelos físicos alemães e russos, não houve novidades nos estudos sobre as pirâmides, errou feio. Dois autores de livros que viraram referências sobre o tema, Ed Pettit e Bill Schul, publicaram artigos que mostravam como elas afetam a esfera psico-emocional das pessoas, influenciam o crescimento das plantas e até contribuem no tratamento de algumas doenças. Tudo isso ocorreu durante as décadas de 70 e 80, quando eles escreveram livros como O poder secreto das pirâmides, em que relatam sua ação potencializadora na meditação, entre outras propriedades especiais.
Saúde e bem-estar
Já no setor da medicina, uma pessoa que se destacou por usar as pirâmides para tratar diversos problemas de saúde é o Doutor Ulises Sosa Salinas. Ele publicou o artigo Terapia piramidal em Ortopedia, mito ou realidade? em uma revista sobre ortopedia e traumatologia, em 1999. Também desenvolveu manuais (volume 1, volume 2, volume 3 e volume 4) para que equipes médicas pudessem usar, em hospitais, os conhecimentos que ele adquiriu em anos de prática clínica. A revista Medisam traz um artigo, publicado em 2008, que descreve um tratamento feito por um grupo de médicos a partir das técnicas desenvolvidas pelo Dr Salinas, que se mostrou eficaz na recuperação de cisto ósseo. Os autores ainda mencionam que o processo permite um maior relaxamento do paciente, a redução da dor e da inflamação e a aceleração do processo de cicatrização.
O professor de eletrônica Eric McLuhan, que dá aulas na Universidade de Ontário, nos EUA, acredita que as pirâmides atuam a partir de três fatores: magnetismo, gravidade e ressonância. Segundo ele, o fato de embalagens em forma de pirâmides - como as que foram comercializadas em muitos países europeus – conservarem, por mais tempo, o leite e bebidas similares significa que seu poder não pode ser atribuído somente à energia eletromagnética, já que esses recipientes não se mantêm alinhados pela orientação norte-sul. Para o Dr. Patrick Flanagan, essa estrutura geométrica sofre uma variação energética de acordo com as estações do ano, o momento do dia, as fases da lua e o clima, além da polaridade dos íons de seu entorno. Ele também constatou que o interior das pirâmides possui uma temperatura um pouco mais alta do que a parte exterior e foi um dos cientistas que mais se dedicou à pesquisa e à divulgação de suas propriedades.
Embora ainda existam muitos mistérios envolvendo as pirâmides e elas ainda não tenham sido amplamente acolhidas pelos cientistas e profissionais de saúde em suas atuações cotidianas, as propriedades terapêuticas dessas estruturas já foram bem documentadas e seguem sendo confirmadas por um número cada vez maior de pessoas. São frequentes nos relatos de quem experimentou dormir sob uma pirâmide, como a que é constituída por uma estrutura vazada de metal, as afirmações de que a qualidade do sono melhora e a pessoa acorda mais disposta. Há até depoimentos que dizem que os sonhos se intensificam.
Hoje, é possível adquirir ou confeccionar uma pirâmide para uso coletivo ou individual e experimentar as influências de seus campos eletromagnéticos sobre o organismo, a mente e as emoções, bem como para o cultivo de plantas ou a energização da água. Mas é preciso seguir orientações precisas para que suas propriedades possam se manifestar. As proporções devem reproduzir as da pirâmide de Queóps e, como esta grande obra, ela deve sempre ser alinhada na direção norte-sul, através do uso de uma bússola.
É exatamente assim que a pirâmide que fica na parte externa da Awake foi confeccionada! Ela está situada no jardim e é possível praticar atividades meditativas em seu interior. O material escolhido para sua estrutura foi o cobre, um metal de alta condutibilidade, usado milenarmente para fins medicinais, já que possui intensa capacidade bactericida, ou seja, destrói bactérias e vírus que causam infecções. Hoje, ele tem sido cada vez mais estudado, usado em hospitais e clínicas e é considerado um dos materiais mais importantes para o desenvolvimento da humanidade nas próximas décadas.
Combinando ciência, beleza, ancestralidade e tecnologia, as pirâmides vêm estabelecer uma ponte inspiradora entre o passado, o presente e o futuro, gerando mais saúde, equilíbrio e inspiração. Viva a geometria!