- Ciência
Tão certo como três mais três são seis, você deve escutar constantemente que a prática de atividades físicas faz bem para a saúde. Realmente, a comunidade científica já bateu o martelo e deu seu veredito em relação a muitos de seus benefícios e não vamos chover no molhado. Basta dizer que a ocorrência de problemas de saúde quase dobra para quem é sedentário.
Mas há muitos fatores envolvidos na rotina de quem se exercita, já que, atualmente, isso não costuma ocorrer de forma natural, como ocorria nos tempos em que os seres humanos perambulavam por amplos territórios para caçar e coletar os alimentos que comiam, fazendo, constantemente, movimentos variados durante esses percursos.
A classe médica têm apontado problemas na forma como, atualmente, praticamos atividades físicas, já que, para muitos de nós, isso equivale a usar parte do nosso tempo livre para fazer algo que escolhemos conforme nossas preferências, seja por esporte, por hobby ou para manter a forma e a saúde, exigindo resultados que podem não corresponder à realidade.
Então, é hora de trazer um pouco de luz sobre o que é ou não saudável na vida de um atleta, já que a boa notícia é que o interesse por uma vida ativa vem crescendo e pessoas de todas as idades são incentivadas a aderir a treinos dos mais variados.
Uma demonstração dessa valorização é que existe até um Dia Nacional do Atleta, celebrado em 21 de dezembro, em homenagem a quem se dedica às modalidades esportivas, estimulando a sociedade a se movimentar mais.
Nem demais, nem de menos
Não é toda forma de atividade física que é benéfica. Vai depender, entre outras coisas, da quantidade de esforço necessário, das regiões do corpo que serão mais usadas e, principalmente, de sua frequência e sua duração. Determinadas práticas, sobretudo quando muito repetitivas e feitas por longos períodos, podem gerar problemas físicos e mentais.
Entre os danos constatados atribuídos a um cotidiano de movimentação exagerada ou inadequada, encontramos complicações cardiovasculares, músculo-esqueléticas e até aumento da chance de ter demência. Os problemas não se restringem aos atletas profissionais e podem atingir até quem treina por prazer. A própria Organização Mundial de Saúde alertou, recentemente, que é preciso pesquisar mais os efeitos das atividades físicas excessivas na vida da população.
O fato é que nem sempre sabemos quais são as consequências que os exercícios escolhidos terão em nosso organismo nem quais os limites que temos que seguir para não ultrapassar a linha vermelha. Não foi à toa que surgiram profissionais como fisioterapeutas, fisiatras e personal trainers.
Além disso, a medicina do esporte e a nutrição esportiva são campos em expansão e já fazem parte do dia a dia de quem se tornou, de fato, um atleta. Ter orientação adequada é fundamental para que você fique com a parte boa gerada por uma vida ativa e se mantenha longe da parte ruim.
Relaxar ou estressar
Vivemos em mundo estressante e fazer atividades físicas é uma das válvulas de escape que encontramos para aliviar as tensões. A associação de diversas práticas esportivas ou recreativas com a promoção do relaxamento e do equilíbrio já foi mais do que comprovada. Elas regulam os níveis de endorfina, serotonina e noradrenalina, substâncias que trazem bem-estar.
Mas nem tudo é zen nesse processo e, ao fazermos certos movimentos, desencadeamos reações em nosso sistema muscular. Na verdade, o próprio desenvolvimento do músculo, a partir de um estímulo como o levantamento de peso, ocorre a partir de um estresse mecânico e metabólico em seus tecidos. É um processo que costuma ser natural e gradual, mas, em tempos de valorização de um corpo sarado e de busca por alto desempenho, pode se tornar mais problemático.
Depois que fazemos um esforço físico, o corpo aproveita o período de pausa para se recuperar, reparando os tecidos celulares afetados. É natural sentir uma dorzinha, que pode persistir por até 72 horas após o treino e tem uma função importante: lembrar você de que seu corpo precisa cuidar das fibras musculares danificadas, substituindo-as por outras mais fortes e densas.
Mesmo se você não for um atleta profissional, alguém que tem compromisso com torneios e performances de altíssimo nível, é muito provável que, para seguir em atividade, você procure algo que alivie a dor e o tensionamento de regiões do corpo que foram mais exigidas nos treinos. E é nesse momento que entra em cena um personagem bem conhecido pelos praticantes de esporte: os relaxantes musculares, cuja prescrição triplicou entre 2005 e 2016.
As farmácias estão em cada esquina, o consumo de medicamentos se banalizou e há abuso de muitas substâncias que deveriam ser usadas com moderação. Os relaxantes musculares entram nessa lista, já que toleramos muito pouco os incômodos e nossa tendência é tomar um analgésico ao menor sinal de dor. Então, quando nossa musculatura se ressente de um treino mais puxado, lá vamos nós até nossa caixinha de remédios.
O que um relaxante muscular faz é inibir a atividade do sistema nervoso central. Isso significa que seu corpo não vivencia como deveria o processo inflamatório, nem obtém a reparação que ocorreria naturalmente, se você tivesse respeitado o tempo certo. Resultado: sua recuperação muscular fica prejudicada e você não tem o ganho de força que deveria ter. Um “presente de grego” para quem se esforçou tanto no treino, não é?
Você deve estar se perguntando se, ao deixar de usar uma dessas “pílulas mágicas”, que só mascaram os sintomas e atrapalham seu desenvolvimento como atleta, não há nada que ajude a aliviar o incômodo pós-treino. A resposta é sim, há muitas opções e vamos mencionar algumas delas.
Saber milenar e tecnologia de ponta
Ela veio do oriente, onde foi praticada por milênios, conquistou o ocidente e é hoje reconhecida no mundo todo como uma forma eficaz de tratar muitas condições de saúde. Da regulação da ansiedade e do estresse até a potencialização da fertilidade, a Acupuntura se mostrou uma opção comprovadamente eficiente de tratamento.
Seus efeitos na redução da dor são consagrados e se devem ao estímulo à liberação de neurotransmissores pelo sistema nervoso. Essa terapia milenar promove um relaxamento que ajuda na recuperação do corpo, trazendo bem-estar físico, mental e energético para que você volte em plena forma aos seus treinos.
Outra técnica ancestral que evoluiu ao longo do tempo é a de massagear regiões do corpo. Os tipos e aplicações de massagens são extremamente variados, mas, para quem busca auxílio para lidar com a rotina puxada de exercícios, o ideal são as chamadas massagens desportivas. As sessões promovem o alinhamento postural, aliviam dores e suavizam desconfortos.
Mas, além das boas e velhas formas de deixar você bem, existe um conjunto de novas modalidades terapêuticas, impulsionadas pelo desenvolvimento tecnológico dos últimos tempos, que já estão disponíveis para que você turbine sua performance. É o futuro da saúde invadindo o presente e oferecendo recursos inimagináveis pelas antigas gerações de atletas!
Uma dessas tecnologias se vale de um saber milenar: o poder do frio para tratar lesões corporais. Só que a velha compressa de gelo deu um salto evolutivo e hoje atende pelo nome de Crioterapia. Em uma cabine desenvolvida para gerar uma temperatura de até 190 graus negativos, você pode fazer uma rápida viagem à era do gelo, que dura em torno de 3 minutos.
Ao voltar dessa experiência, seu organismo vai acelerar para restabelecer a temperatura natural e promover a recuperação de suas células, o que ajuda a reduzir as dores pós-treino e deixa você mais disposto. Manter sessões constantes de Crio na rotina tem sido um dos segredos de muitos atletas de alta performance, como jogadores profissionais de futebol, já que elas superam os benefícios das famosas banheiras de gelo, em que as equipes costumam relaxar entre os jogos.
Há estudos que ainda consideram a tecnologia um método de treinamento para o sistema nervoso autônomo e um novo tratamento antiinflamatório e antioxidante, com efeitos benéficos na composição corporal e no tecido adiposo, o que permite compreender porque ela tem sido tão procurada no mundo do esporte de altíssimos rendimentos.
Para seguir nossa viagem ao conhecimento de ponta no mundo tecnológico terapêutico, vale mencionar, também, um tratamento que utiliza ondas eletromagnéticas de baixa intensidade para otimizar a microvascularização: a Terapia Vascular. É que muita gente não se atenta para o fato de termos uma rede de minúsculos canais que conduzem sangue e toxinas através dos tecidos, oxigenando e desintoxicando as células.
As sessões de Terapia Vascular favorecem esse fluxo e aceleram a recuperação do sistema muscular após aquela série de exercícios intensos. Elas não são invasivas, não causam dor nem incômodo e ainda permitem um momento de relaxamento em meio ao tumulto do cotidiano.
Se você quer usufruir de todos os benefícios que a prática adequada de atividades físicas oferece, vale a pena cuidar de todo o processo. É importante obter orientação profissional para seu programa de exercícios, caprichar na alimentação (o que a Nutrição Funcional pode ajudar) e permitir que seu corpo viva o processo de recuperação de maneira saudável, sem apelar para comprimidos que apenas mascaram os incômodos, impedem que seu corpo se recupere e atrapalham sua evolução como atleta.
E, como agora você já sabe, é possível dar uma força para que sua recuperação e sua evolução sejam ainda mais potentes, reduzindo aquela dorzinha chata do pós-treino e otimizando a regeneração dos tecidos, seja através de terapias ancestrais, seja através das mais novas descobertas tecnológicas na área da saúde. Que venham os desafios, agora você já tem os instrumentos para encará-los de frente e obter o sucesso!
Awake. Life is inside.